quinta-feira, 17 de setembro de 2009

O estudo parte da concepção de experiência em Larrosa (2002) e de poiésis em Valéry (1999) para afirmar a importância da experiência linguageira que simultaneamente transforma nossa relação com o mundo e a nós mesmos. Para Larrosa (2002, p. 28), a experiência em sua relação com a existência traz sempre uma dimensão de incerteza, por isso não pode ser antecipada pois “é uma abertura para o desconhecido, para o que não se pode antecipar nem ‘pré-ver’ nem ‘pré-dizer’”. Para Valéry (1999), o termo poiésis diz respeito à vida cotidiana do agir, produzir, criar, expressando uma ação marcadamente humana, isto é, o fazer como marca do humano construir seu estar e agir no mundo. Trata-se, para o poeta, da noção bem simples de fazer que termina nesse gênero de obras que se convencionou chamar obras do espírito e não as regras para realizá-las.

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